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» REBECA RAMOS
Desde que os problemas causados pela obesidade foram
estabelecidos, aumentou a quantidade de opções de dietas para os mais
diferentes biotipos e objetivos. Algumas, mais severas, restringem a ingestão
de nutrientes que seriam vilões da silhueta. Já
outras, mais conscientes, indicam o consumo equilibrado de todos
os alimentos. Um estudo
do Hospital New Balance e da Fundação Centro de Prevenção da
Obesidade Infantil de Boston,
nos Estados Unidos, analisou três dietas diferentes e
constatou que aquelas com menor teor de gordura aceleram a perda de peso; entretanto,
a chance de recuperá-lo é maior.
O estudo pesquisou o efeito de três dietas diferentes e
populares: pobre em carboidrato, com pouca gordura e de baixo índice glicêmico.
De acordo com a diretora associada do Hospital New Balance, Cara Ebbeling, os
participantes foram alimentados com uma dieta padrão, para perder entre 10% a
15% do peso corporal inicial. Em seguida, eles foram submetidos às três dietas
diferentes, em ordem aleatória. Manter o peso é um enorme desafio para a
maioria dos indivíduos. Uma das razões é a taxa a qual o corpo queima calorias,
que diminui com a perda de peso. “Em outras palavras, o gasto energético e
ometabolismo ficam mais lentos. Fizemos esse estudo para descobrir quais dietas
podem ter efeitosmais benéficos sobre o metabolismo após a perda de peso
substancial”, explica a endocrinologista Cristiane Moulin.
A especialista explica que, quando se perde peso, há uma
resposta do organismo, que reduz o gasto energético e aumenta o apetite.Isso
pode ser uma das explicações de por que é tão difícil manter o peso após a
dieta.De acordo com Cara Ebbeling, era esperado que o ritmo de queima de
calorias dos participantes do estudo diminuísse à medida que perdiam peso. Mas
a queda foi maior com a dieta de baixa gordura. Em seguida, vieram a de
baixoíndice glicêmico e a de poucos carboidratos. “No
entanto, é importante notar que a dieta de restrição de carboidratos também
causou os maiores aumentos no cortisol urinário e circulantes de proteína
C-reativa, que podem aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.”
Para Ebbeling, a conclusão é que dietas que restringem um
tipo nutriente, como gordura ou
carboidrato, não são boas opções. Em vez disso, é importante
ter uma alimentaçãomoderada, com foco na qualidade dos ingredientes, algo
alcançado com a dieta de índice glicêmico baixo. Segundo a médica, o ideal é
ingerir alimentos ricos em fibras e carboidratos naturais, como vegetais sem
amido, frutas e feijão, com a proteína e a gordura saudável, encontrada em
alimentos como nozes, abacate e azeite de oliva.
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