sexta-feira, 22 de março de 2013

Perda e ganho rápidos de peso



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» REBECA RAMOS
Desde que os problemas causados pela obesidade foram estabelecidos, aumentou a quantidade de opções de dietas para os mais diferentes biotipos e objetivos. Algumas, mais severas, restringem a ingestão de nutrientes que seriam vilões da silhueta. Já
outras, mais conscientes, indicam o consumo equilibrado de todos os alimentos. Um estudo
do Hospital New Balance e da Fundação Centro de Prevenção da Obesidade Infantil de Boston,
nos Estados Unidos, analisou três dietas diferentes e constatou que aquelas com menor teor de gordura aceleram a perda de peso; entretanto, a chance de recuperá-lo é maior.
O estudo pesquisou o efeito de três dietas diferentes e populares: pobre em carboidrato, com pouca gordura e de baixo índice glicêmico. De acordo com a diretora associada do Hospital New Balance, Cara Ebbeling, os participantes foram alimentados com uma dieta padrão, para perder entre 10% a 15% do peso corporal inicial. Em seguida, eles foram submetidos às três dietas diferentes, em ordem aleatória. Manter o peso é um enorme desafio para a maioria dos indivíduos. Uma das razões é a taxa a qual o corpo queima calorias, que diminui com a perda de peso. “Em outras palavras, o gasto energético e ometabolismo ficam mais lentos. Fizemos esse estudo para descobrir quais dietas podem ter efeitosmais benéficos sobre o metabolismo após a perda de peso substancial”, explica a endocrinologista Cristiane Moulin.
A especialista explica que, quando se perde peso, há uma resposta do organismo, que reduz o gasto energético e aumenta o apetite.Isso pode ser uma das explicações de por que é tão difícil manter o peso após a dieta.De acordo com Cara Ebbeling, era esperado que o ritmo de queima de calorias dos participantes do estudo diminuísse à medida que perdiam peso. Mas a queda foi maior com a dieta de baixa gordura. Em seguida, vieram a de
baixoíndice glicêmico e a de poucos carboidratos. “No entanto, é importante notar que a dieta de restrição de carboidratos também causou os maiores aumentos no cortisol urinário e circulantes de proteína C-reativa, que podem aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.”
Para Ebbeling, a conclusão é que dietas que restringem um tipo nutriente, como gordura ou
carboidrato, não são boas opções. Em vez disso, é importante ter uma alimentaçãomoderada, com foco na qualidade dos ingredientes, algo alcançado com a dieta de índice glicêmico baixo. Segundo a médica, o ideal é ingerir alimentos ricos em fibras e carboidratos naturais, como vegetais sem amido, frutas e feijão, com a proteína e a gordura saudável, encontrada em alimentos como nozes, abacate e azeite de oliva.

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