terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Banco Central norte-americano


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Basta um suspiro do Banco Central norte-americano para o câmbio deslanchar no Brasil e deixar a nossa economia em polvorosa. E você sabe por que isso acontece? Iremos explicar.
Basicamente, a perspectiva do Banco Central Americano, também conhecido como FED, de mudar a política econômica nos Estados Unidos, aumentando ou reduzindo a taxa de juros naquele país, impacta na economia de diversos países, em grau mais acentuado nos países emergentes – como é o nosso caso.
Esse impacto acontece porque, com taxas de juros mais altas, por exemplo, os títulos públicos norte-americanos se tornam mais atraentes para os investidores estrangeiros. Com isso, esses investidores retiram o dinheiro investido nos países emergentes como Brasil, Índia, Rússia, México e vários outros e migram para aplicações americanas. Essa “fuga” da moeda americana desvaloriza o nosso Real e várias outras moedas, além de deixar o mercado financeiro global muito instável.
O contrário também acontece. Quando o FED decide reduzir os juros, os investidores migram em direção aos países emergentes, em busca de uma maior rentabilidade para o seu capital. Com essa maior entrada de moeda estrangeira nos países, o câmbio se valoriza, deixando o nosso real mais alto em relação ao dólar, por exemplo.
Não sabemos ainda quando o câmbio se estabilizará, muito menos em qual patamar. Estamos na fase de volatilidade e o dólar pode subir um bocado ainda, como também pode cair um pouco. Muitos negócios são influenciados diretamente pela alta do dólar, como é o caso do turismo.
Na verdade, o mundo está vivendo uma nova mudança na economia global, onde os países desenvolvidos se recuperam lentamente das crises financeiras e os países em desenvolvimento perdem um pouco o papel de “locomotiva da economia”, com crescimento em ritmo menor. Obviamente essas mudanças refletem nos negócios e no dia a dia das famílias, tanto nos países ricos, como nos emergentes.
Tempos de incerteza exigem criatividade e acuidade com os nossos gastos, pois os preços tendem a subir muito. Aquela viagem para o exterior pode não ser mais tão viável financeiramente como era no começo do ano. Presentes de Natal? Melhor comprar um produto nacional ou artesanal. Então, é hora de ter cautela para não começar 2014 com o seu saldo bancário em “recuperação”.

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