terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Investimentos: explore o seu perfil


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Infelizmente, a resposta não é tão simples, e para quem procura uma receita mágica, ouvir um “depende” pode até soar evasivo.
Definir a “melhor aplicação” não é uma questão de simplesmente escolher a classe de investimento que tiver rendido mais nos últimos meses. Também não adianta muito tentar adivinhar qual renderá mais nos próximos meses. Um componente essencial para a escolha da carteira mais adequada para uma pessoa é o risco, e ele deve sempre ser levado em consideração antes de se tomar uma decisão.
A princípio, pode parecer que risco é apenas algo inerente a uma determinada classe de ativos (e não se engane: todo investimento possui algum grau de risco), pois há ativos cujo valor oscila mais que outros, porém o maior risco para um investidor não é a bolsa cair, o dólar disparar ou um banco quebrar, mas não saber o que está fazendo ao investir com base em palpites e ignorando suas características e necessidades. Cada classe de ativos possui características próprias que as tornam ideais em algumas situações e algo a se evitar em outras, de forma que o investidor deve estudar suas opções e conhecer bem as alternativas antes de tomar uma decisão, mesmo que não invista por conta própria.
Para ajudar os investidores a se conhecerem melhor, muitos bancos, corretoras e sites especializados disponibilizam questionários que prometem, após uma rápida bateria de perguntas como “por quanto tempo você pretende deixar seu dinheiro aplicado?” e “o que você faria se seu patrimônio caísse 20%?”, traçar o perfil do investidor, que costuma ser categorizado como conservador, moderado ou agressivo. Alguns questionários vão além, chegando a recomendar a alocação de ativos ideal para cada perfil. Uma pessoa conservadora, por exemplo, tenderia a ter a maior parte de sua carteira de ativos de renda fixa como Títulos do Tesouro, CDBs, LCIs e FIIs; um investidor mais agressivo, por outro lado, tenderia a ter uma carteira mais recheada de ativos de renda variável, como ações. Aqueles cujos estudos de finanças estão mais avançados podem até lançar mão de ativos sofisticados nos mercados de opções e de futuros, a fim de proteger suas carteiras e garantir maiores retornos.
As perguntas desses questionários são bastante situacionais; isso acontece porque ser um investidor conservador ou agressivo depende menos de predisposições genéticas do que das circunstâncias em que uma pessoa se encontra no momento. Por exemplo, uma pessoa que gosta de aplicar em ações, mas que possui diversos planos para o curto prazo, como reformar a casa ou ter um filho, deve favorecer investimentos mais seguros no curto prazo. Já um investidor que não gosta de ações, mas que está investindo para uma aposentadoria, que ocorrerá apenas daqui a alguma décadas, terá muito a ganhar ao incluir ativos de renda variável em sua carteira. Por isso, é importante fazer o teste periodicamente.

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