Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostrou que o número de domicílios brasileiros com gastos excessivos com aluguel aumentou 30,58% entre 2007 e 2012. O levantamento considera que a moradia tem ônus excessivo com aluguel se o peso do valor pago com a prestação de locação for superior ou igual a 30% da renda familiar. O valor foi calculado contabilizando habitações urbanas e entre famílias com renda total de até três salários mínimos.
O total de domicílios nessa situação passou de 1,756 milhão em 2007 para 2,293 milhões no ano passado. Segundo o estudo, a elevação do gasto das famílias pode ser consequência da alta nos valores de aluguel, que, por sua vez, está atrelada à valorização imobiliária das cidades brasileiras. Ao analisar o gasto com locação conforme estrato de renda, o aluguel comprometeu de 15% a 20% da renda familiar daqueles inseridos no quarto mais pobre da população (renda mensal domiciliar até R$ 913,09), e apenas de 5% a 7% da renda familiar dos pagantes inseridos no décimo mais rico (com renda mensal domiciliar de até R$ 117.219,20). “Esse fato é preocupante, pois é provável que os locadores afiram uma rentabilidade mais alta do aluguel para a população mais pobre (...). A cobrança de uma rentabilidade maior para a população mais pobre, seja por ela ter menores garantias locatícias, seja porque há imperfeição no mercado de aluguel, com limite mínimo para o valor da locação, acaba onerando demasiadamente o orçamento familiar com a despesa de aluguel para essa classe”, destaca o estudo do Ipea.
A escolha do local onde se vai morar tem um imenso impacto financeiro nas despesas da família. Principalmente porque esse é um compromisso que terá que ser honrado por um período de tempo longo. Portanto, tenha bem definido o valor que pode ser gasto com aluguel. Depois, pesquise e mantenha a coerência entre a sua escolha e a sua capacidade de pagamento.
Por mais óbvio que pareça, é sempre bom verificar se o valor pedido para aluguel está de acordo com o mercado imobiliário, levando em conta fatores como ruído, conservação, facilidade de transporte e riscos de acidentes naturais, entre outros. E, mais importante, como futuro inquilino, não deixe de negociar e de pedir desconto. Faça isso comprovando que você é um bom pagador. Um depósito adiantado pode ser de interesse do dono do imóvel.
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