Há cartazes prometendo "dinheiro fácil" na rua, empresas distribuindo propagandas em órgãos públicos, para não falar do gerente do banco que liga oferecendo um empréstimo. Dizer sim a essas ofertas, sem modificar hábitos, é sinônimo de perigo e esse alerta é especialmente válido em um período de excessos, como é o carnaval.
Esse foi o caso do nutricionista Luis de Melo. Ele e a esposa se viam constantemente no cheque especial até que um dia o gerente do banco ofereceu um crédito consignado. Os juros eram baixos e o valor já era descontado direto no contracheque. Parecia a solução perfeita. No entando, o padrão de consumo do casal não mudou e, com os hábitos mantidos, o cheque especial estourou novamente. Mais uma vez o casal procurou o gerente e renovou o empréstimo consignado. A situação se manteve e eles precisaram de crédito novamente. Com o tempo, a dívida foi aumentando e a parcela passou a pesar cada vez mais no orçamento familiar. Por sinal, esse é o retrato de muitas famílias brasileiras.
A situação se prolongou até que eles decidiram rever os gastos, fazer cortes no orçamento e começar a planejar o uso do dinheiro. O cheque especial agora não faz mais parte da história do casal e o objetivo deles é quitar o empréstimo. Eles aprenderam que quando os empréstimos começam a se tornar um hábito, a tendência é piorar a situação e, cada vez mais, o orçamento doméstico fica comprometido com a parcela.
O empréstimo, muitas vezes, é a solução mais fácil para resolver uma situação pontual, mas não pode se tornar uma solução recorrente. Quando isso ocorre é sinal de que a pessoa está gastando mais do que ganha e precisa rever, com urgência, os seus padrões de consumo.
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