terça-feira, 3 de dezembro de 2013

dinheiro fácil

Há cartazes prometendo "dinheiro fácil" na rua, empresas distribuindo propagandas em órgãos públicos, para não falar do gerente do banco que liga oferecendo um empréstimo. Dizer sim a essas ofertas, sem modificar hábitos, é sinônimo de perigo e esse alerta é especialmente válido em um período de excessos, como é o carnaval.
Esse foi o caso do nutricionista Luis de Melo. Ele e a esposa se viam constantemente no cheque especial até que um dia o gerente do banco ofereceu um crédito consignado. Os juros eram baixos e o valor já era descontado direto no contracheque. Parecia a solução perfeita. No entando, o padrão de consumo do casal não mudou e, com os hábitos mantidos, o cheque especial estourou novamente. Mais uma vez o casal procurou o gerente e renovou o empréstimo consignado. A situação se manteve e eles precisaram de crédito novamente. Com o tempo, a dívida foi aumentando e a parcela passou a pesar cada vez mais no orçamento familiar. Por sinal, esse é o retrato de muitas famílias brasileiras.
A situação se prolongou até que eles decidiram rever os gastos, fazer cortes no orçamento e começar a planejar o uso do dinheiro. O cheque especial agora não faz mais parte da história do casal e o objetivo deles é quitar o empréstimo. Eles aprenderam que quando os empréstimos começam a se tornar um hábito, a tendência é piorar a situação e, cada vez mais, o orçamento doméstico fica comprometido com a parcela.
O empréstimo, muitas vezes, é a solução mais fácil para resolver uma situação pontual, mas não pode se tornar uma solução recorrente. Quando isso ocorre é sinal de que a pessoa está gastando mais do que ganha e precisa rever, com urgência, os seus padrões de consumo.

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