Não há parcelamento sem juros. Muitos estabelecimentos comerciais dizem que o preço normal do produto é a soma das parcelas e que você terá um desconto à vista; matematicamente, dá no mesmo: juros favorecem quem empresta o dinheiro. Por isso, pagar à vista é, via de regra, uma boa estratégia.
Neste ano, você poderá aplicar essa mesma lógica ao pagamento de alguns impostos. Por exemplo, o desconto para pagamento à vista do IPVA será de 3%. Pode parecer pouco, mas equivale a um desconto médio de 1,54% ao mês, um valor alto quando a poupança está rendendo meros 0,4% a.m.. Faça o possível para pagar o IPVA em parcela única.
E quem já tiver o dinheiro aplicado, deve sacar e pagar tudo de uma vez ou deixá-lo aplicado e ir pagando as parcelas? O seguinte raciocínio vale para qualquer valor, mas vamos imaginar que você tenha R$ 300 a pagar de IPVA, em três parcelas de R$ 100 ou uma de R$ 291.
Imagine que você tenha esses R$ 300 em poupança. Se você sacar R$ 291 para o IPVA e deixar R$ 9 aplicados a 0,4% a.m., em três meses terá R$ 9,11. E se deixar esse dinheiro aplicado e ir tirando aos poucos, para pagar as parcelas do IPVA? Veja no quadro abaixo:
Mês
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Saldo inicial poupança (R$)
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Rendimento poupança (R$)
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Saque (R$)
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Saldo final poupança (R$)
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1
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300,00
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1,20
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100,00
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201,20
|
2
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201,20
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0,80
|
100,00
|
102,00
|
3
|
102,00
|
0,41
|
100,00
|
2,41
|
Note como você terminará com menos dinheiro no bolso. Isso acontece porque a poupança rende 1,2% em três meses, menos do que os 3% de desconto do IPVA.
O mesmo raciocínio vale para o IPTU, sendo que o desconto para pagamento à vista varia conforme a Unidade da Federação, chegando a 20% em algumas praças.
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