Jack Monroe, uma inglesa de 24 anos, ficou desempregada durante um ano. Ela é mãe solteira. Durante esse período, segundo jornal britânico The Guardian, ela e o filho pequeno viveram com cerca de R$ 34,00 por semana, graças ao benefício social que recebiam do governo. Ao se ver em dificuldade financeira, a jovem passou a relatar em seu blog (agirlcalledjack.com) o medo, a humilhação e o desespero de viver na miséria. Porém, com uma visão diferente: não para se lamentar e pedir ajuda, mas com o intuito de mostrar dicas e alternativas de consumo para as pessoas que estavam na mesma situação que ela.
A história de desemprego e miséria de Jack se repete dia após dia, em várias partes do mundo. O que diferencia uma pessoa que consegue sair da roda da miséria e outra que fica estagnada é a forma de enxergar a própria realidade. No caso, a vantagem de ter enxergado uma oportunidade de aprendizado e de crescimento.
Quantas vezes a vida não lhe deu um tombo? E, pode ter certeza, muitos outros ainda virão. O importante é conseguir aproveitar esse momento para ver sua vida de outra perspectiva. Além de, claro, não desistir nem esmorecer. Nada reduz tanto as chances contra você como ignorá-las. Se não olhar para as possibilidades da vida, para aquilo que pode transformar em realização, você será o seu maior sabotador. Será, ainda, o inibidor da sorte e o profeta do azar. Agarre as suas possibilidades, agarre a sua vida.
Monroe agora é famosa na Inglaterra e não passa mais fome com o seu filho. Durante o período de crise, sua incansável luta pela sobrevivência financeira, suas dicas, seus conselhos, ficaram famosos na internet e ajudaram milhares de pessoas a buscar alternativas para melhorar sua condição de vida, mesmo estando na miséria. Em resumo, sua página na internet incentivou milhares de ingleses a sair da sensação de estagnação que a pobreza e o fracasso trazem, e a correr atrás de uma vida melhor.
Segundo o The Guardian, a página de Jack Monroe traz um guia de austeridade culinária, que mostra como alimentar a si mesma e ao filho com £10 (em torno de R$ 34) por semana, de forma saudável, saborosa e, o mais importante, com um cardápio variado. “Pobreza alimentar vem em duas vertentes. A primeira é não ter dinheiro suficiente para comprar comida. A segunda é a pobreza da educação. Se você dá a alguém £20 e diz para alimentar sua família durante uma semana com esse dinheiro, muita gente simplesmente dirá que não poderia fazê-lo de forma adequada”, afirma Monroe ao criticar a indústria de comida pronta e ensinar como fazer alimentos que possam durar uma semana.
Em maio, o blog ganhou o prêmio escolha dos juízes no prêmio gastronômico “Fortnum and Mason food awards”, que disseram que as receitas de Monroe eram "tão nutritivas e econômicas, que estão sendo usadas pelos bancos alimentares como exemplos de como gerenciar um quase nada". “Não vou parar de defender causas, só porque não estou mais nessa posição” afirma a nova “ativista anti-pobreza”, completando que “ainda há muito trabalho a fazer”.
E você, como tem enxergado os problemas da sua vida? Como oportunidades de crescimento ou como desculpa para se fazer de vítima do destino?
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