terça-feira, 26 de novembro de 2013

Emprestimo

Para realizar o sonho do carro novo ou da casa própria, ou até mesmo para liquidar dívidas, muitas pessoas recorrem às linhas de crédito de forma impulsiva e sem planejamento prévio. Dependendo da finalidade do empréstimo, os custos podem ir além da prestação. A compra de veículo, por exemplo, exige um orçamento extra permanente para pagar custos com manutenção, seguro, impostos e eventuais multas.
De acordo com especialistas, todo empréstimo deve ser feito de forma consciente e com o objetivo de aumentar o patrimônio. Foi o que fez a servidora pública Karla Martins, de 39 anos. Após anos de economia, ela decidiu comprar uma casa e optou por um financiamento imobiliário para complementar o valor do imóvel. “Pesquisei em várias instituições até encontrar a melhor taxa e a melhor condição. Reuni toda a família e decidimos juntos que a nossa meta de longo prazo seria a quitação do financiamento. Cortamos gastos desnecessários, vendemos um dos carros, restringimos os custos com lazer e os serviços de diaristas foram cortados pela metade”, ressalta Karla.
Para o economista Renato Fonseca, é fundamental ter foco quando o assunto é dinheiro. “Não adianta sonhar e achar que tomar uma linha de crédito é o passaporte para realizar o sonho. O consumidor deve ter pé no chão e evitar a qualquer custo mais de um empréstimo, pois dessa forma corre-se o risco do salário não ser suficiente para arcar com tantas despesas”, destaca.
Fonseca ressalta a importância da consciência e do planejamento financeiro. “Antes de fazer empréstimos pessoais, analise as finanças e veja se estão equilibradas. É fundamental se perguntar se realmente precisa do dinheiro e qual é a verdadeira finalidade e motivação para tal decisão”, ensina. “E lembre-se: serão longos meses ou anos pagando juros que, muitas vezes, poderiam ser economizados em uma poupança”. Segundo ele, indivíduos com perfil descontrolado estão entre os mais inadimplentes.
Antes de pedir dinheiro emprestado, o ideal é fazer pesquisas de mercado e analisar as diferentes taxas oferecidas. Para quem já tem um financiamento e acha abusivo o valor da parcela, a solução é tentar renegociar a dívida ou optar pela portabilidade do financiamento para uma instituição que ofereça melhores condições.
“Financeiras que prometem dinheiro rápido e com poucas exigências costumam ser as que cobram as maiores taxas do mercado. Antes de assinar o contrato, é essencial ler todas as cláusulas, saber o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento e se a instituição está autorizada pelo Banco Central a conceder crédito”, finaliza.

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